Na
areia brilhante do Saara,
Cumpre sua antiga tradição.
Vai decifrando as miragens,
Por entre dunas, na vastidão.
Guerreiro,
nada vai lhe deter,
Nem o rigor inclemente do sol.
Galopa firme, em seu camelo,
O nômade do turbante, e véu.
Ambos
azuis, da cor do céu,
Os quais lhes dão proteção.
Nas caravanas pelo deserto,
À fé é vital, n’alma e coração.
E depois de muito caminhar,
Ao pôr do sol, nascer do luar.
Arma a tenda, num belo oásis,
Na flauta; uma prece a Allāh.
Logo
a alvorada, vem clarear,
E um novo dia vai começar.
O tempo é ouro, um tesouro.
Valente e destemido Mouro.
Elias Akhenaton.