Alma nua
Ó, Pai
Não deixes que façam de mim
O que da pedra tu fizestes
E que a fria luz da razão
Não cale o azul da aura que me
vestes
Dá-me leveza nas mãos
Faze de mim um nobre domador
Laçando acordes e versos
Dispersos no tempo
Pro templo do amor
Que se eu tiver que ficar nu
Hei de envolver-me em pura poesia
E dela farei minha casa, minha
asa
Loucura de cada dia
Dá-me o silêncio da noite
Pra ouvir o sapo namorar a lua
Dá-me direito ao açoite
Ao ócio, ao cio
À vadiagem pela rua
Deixa-me perder a hora
Pra ter tempo de encontrar a rima
Ver o mundo de dentro pra fora
E a beleza que aflora de baixo
pra cima
Ó meu Pai, dá-me o direito
De dizer coisas sem sentido
De não ter que ser perfeito
Pretérito, sujeito, artigo
definido
De me apaixonar todo dia
E ser mais jovem que meu filho
De ir aprendendo com ele
A magia de nunca perder o brilho
Virar os dados do destino
De me contradizer, de não ter
meta
Me reinventar, ser meu próprio
deus
Viver menino, morrer poeta.
Vander Lee.
24 de julho de 2009
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Parabéns!!!
ResponderExcluirPoeta Elias Akhenaton
Lindissimo o seu blog
Agora também estou a te seguir
Pois é maravilhoso tudo o que
encontrei por aqui.
Grande beijo!
Rosa Gandine
Olá Elias,
ResponderExcluirestou conhecendo o teu espaço, deixo aqui um convite, me visite.
Tomara que goste e deixe a tua opnião ok?
Se gostar muito...fique.
Eu já estou aqui contigo.
Um abraço.
Gê